Rubéola
A Rubéola ou Rubela é uma doença causada pelo togavírus e transmitida por via respiratória. Seus principais sintomas são muito parecidos com outras doenças virais comuns na infância como sarampo e caxumba, geralmente envolvendo febre, manchas avermelhadas pelo corpo,dor de cabeça, dor pelo corpo, dificuldade ao engolir, nariz entupido e aumento dos gânglios. Geralmente cura-se sozinho mesmo sem tratamento, mas pode causar malformações noembrião em infecções de mulheres grávidas. Mesmo que o indivíduo não apresente sintomas perceptíveis ele ainda pode contaminar as pessoas com quem convive.
Vírus da rubela
§ Grupo: Grupo IV ((+)ssRNA);
§ Família: Togaviridae;
§ Género: Rubivirus
§ Espécie: Rubella virus;
§ Doença infecciosa aguda benigna;
§ Disseminação: Respiratória e contato pessoal intimo e persistente.;
§ Período de incubação:12 a 19 dias.
O vírus da rubéola é um togavírus com genoma de RNA unicatenar (simples) de sentido positivo (serve de mRNA para síntese protéica diretamente). Possui um capsídeo icosaédrico e um envelope bilipídico.
Epidemiologia
A rubéola é um dos cinco exantemas (doenças com marcas vermelhas na pele) da infância. Os outros são o sarampo, a varicela, o eritema infeccioso e a roséola.
O vírus ataca mais durante a primavera nos países com climas temperados. Antes da vacina contra a rubéola, introduzida em 1969, surtos ocorreram, geralmente, a cada 6-9 anos nos Estados Unidos e 3-5 anos na Europa, afetando principalmente as crianças na faixa etária de 5-9 anos de idade. Desde a introdução da vacina, as ocorrências se tornaram raras nos países desenvolvidos, mas continuam comuns nos países mais pobres. A doença está em processo de erradicação pela OMS, porém enquanto houverem países sem campanhas de vacinação sempre existe o risco do vírus ser re-introduzido em países que já haviam o erradicado.
Transmissão
A transmissão é por contato direto, secreções ou pelo ar (espirros, tosse, beijo...). O vírus multiplica-se na faringe e nos órgãos linfáticos e depois dissemina-se pelo sangue para a pele. O período de incubação é de duas a três semanas; e o período de transmissão ocorre em uma semana antes de aparecer o exantema cutâneo, (manchas avermelhadas na pele) geralmente na pior fase da doença. Pessoas contaminadas devem ter seus copos, talheres e pratos separados das pessoas não imunizadas.
Progressão e sintomas
A infecção, geralmente, tem evolução auto-limitada e em metade dos casos não produz qualquer manifestação clínica perceptíveis. Os sintomas mais comuns são:
§ Hipertrofia ganglionar retro-ocular e suboccipital,
§ Manchas (máculas) cor-de-rosa (exantemas) cutâneas, inicialmente no rosto e que evoluem rapidamente em direção aos pés e em geral desaparecem em menos de 5 dias.
§ Dores pelo corpo.
Outros sintomas são a vermelhidão (inflamação) dos olhos, dor de cabeça, dor ao engolir, pele seca, congestão nasal e espirros. Frequentemente é confundido com o sarampo e a caxumba, porém o tratamento e riscos dessas é similar, então o problema do diagnóstico é apenas saber quem é imunizado contra cada uma delas (tomar a vacina tríplice viral imuniza contra as três).
O vírus da rubéola só é realmente perigoso quando a infecção ocorre durante a gravidez, com invasão da placenta e infecção do embrião, especialmente durante os primeiros três meses de gestação. Nessas circunstâncias, a rubéola pode causar aborto, morte fetal, parto prematuro e malformações congênitas (cataratas, glaucoma, surdez, cardiopatia congênita, microcefalia com retardo mental ou espinha bífida). Uma infecção nos primeiros três meses da gravidez pelo vírus da rubéola é suficiente para a indicação de aborto voluntário da gravidez.
Diagnóstico
O diagnóstico clínico é difícil por semelhança dos sintomas com os dos outras doenças causadas por vírus com sintomas semelhantes (como sarampo, caxumba, influenza e dengue). É mais freqüentemente sorológico, com detecção de anticorpos específicos para o vírus, que pode ser melhor identificado quatro dias depois do aparecimento das manchas pelo corpo, ou por ELISA (teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos no soro). Como ela se cura mesmo sem tratamento específico, sua investigação laboratorial é geralmente restrita apenas para mulheres grávidas. A doença não é séria mas crianças de sexo masculino necessitam tomar vacina, que freqüentemente são inoculadas para prevenir as epidemias ou que depois infectem, no futuro, mulheres grávidas não vacinada. É importante que todas as mulheres tomem a vacina devido ao risco de que
Tratamento
É recomendado que o paciente descanse por alguns dias, mas crianças podem continuar brincando em casa com pessoas imunizadas. Beber muita água, sucos e determinados chás ajuda a repôr a perda de líquidos, sais minerais e vitaminas para deixar o organismo mais saudável enquanto ele luta contra a doença.
O tratamento geralmente se restringe a controlar os sintomas enquanto o próprio organismo desenvolve resistência ao vírus. O uso de analgésicos como o paracetamol ou buspirona sódicapodem amenizar a dor. Antipiréticos (também chamados de Antitérmicos) são usados para amenizar a febre. Caso a mulher esteja grávida pode-se administrar gamaglobulinas (um tipo deanticorpos) como meio de prevenir problemas sérios na gravidez.
Como é difícil tratar doenças virais as políticas de saúde são focalizados na prevenção através davacina tríplice viral.
Algumas má formações menos graves do feto como surdez e catarata podem ser amenizadas com cirurgias corretivas. Porém, em muitos casos a surdez e
Vacina
A vacina é composta por vírus atenuados, cultivados em células de rim de coelho ou em células diplóides humanas. Pode ser produzida na forma monovalente, associada com sarampo (dupla viral) ou com sarampo e caxumba (tríplice viral). A vacina se apresenta de forma liofilizada, devendo ser reconstituída para o uso. Após sua reconstituição, deve ser conservada à temperatura positiva de 2º a 8 °C, nos níveis local e regional. No nível central, a temperatura recomendada é de menos 20 °C. Deve ser mantida protegida da luz, para não perder atividade. A vacina é utilizada em dose única de 0,5 mL via subcutânea.
Gestantes não devem ser vacinadas e as mulheres vacinadas devem evitar a gestação até o mês seguinte à vacinação pelo risco de contaminação do feto (mesmo enfraquecido o vírus pode atravessar a placenta). Todas as pessoas infectadas devem evitar locais públicos (como escolas, trabalho e ruas movimentadas) durante o período da doença. [7]
É altamente eficaz e dificilmente gera efeitos colaterais. Adultos e adolescentes não imunizados também podem tomar a vacina.
Desambiguação linguística
Em inglês rubeola é outra designação de measles ou sarampo. A rubéola é denominada German measles (sarampo alemão) ou rubella. A confusão vem do fato de antigamente as doenças serem indistinguíveis para os médicos.
O que é a Rubéola?
É uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por via respiratória, isto é, o indivíduo doente lança no ar o vírus existente nas secreções nasais e da garganta.
A pessoa suscetível (não protegida, sem anticorpos), quando infectada poderá apresentar após um período de incubação de cerca de 20 dias: febre não elevada, manchas vermelhas pelo corpo (chamado exantema), "ínguas" no pescoço e nuca. Vários casos podem não apresentar o exantema e a doença passar despercebida.
Como prevenir a rubéola?
A prevenção da rubéola é feita através da vacinação. A vacina contra a rubéola contém o vírus vivo atenuado, isto é enfraquecido, mas com capacidade de induzir o organismo humano a produzir anticorpos.
No calendário de vacinação de rotina a vacina é aplicada aos 15 meses (junto com as vacinas contra o sarampo e a caxumba).
Todas as pessoas vacinadas estão protegidas?
A vacina contra a rubéola é muito boa, tem 95% de eficácia quando aplicada após o primeiro ano de vida.
Estão ocorrendo casos de rubéola no estado de São Paulo?
Sim. O Sistema de Vigilância da doença detectou inúmeros surtos de rubéola no ano 2000, totalizando mais de 2.500 casos da doença. A maior proporção da doença ocorreu nas pessoas entre 20 a 29 anos de idade. Em gestantes foram confirmados 135 casos de rubéola.
No ano 2001 surtos localizados vêm sendo notificados e, recentemente, houve um aumento da incidência dos casos em universidades e locais de trabalho, onde se aglomeram adultos jovens.
A rubéola é doença grave?
Normalmente a rubéola é benigna, exceto quando atinge uma mulher grávida. A rubéola na mulher grávida é uma doença grave porque pode causar um aborto ou o bebê poderá nascer com defeitos congênitos, como: problemas no coração, cegueira, surdez, retardo mental, etc. Estes defeitos no recém nascido caracterizam a Síndrome da Rubéola Congênita.
Por quê a realização da campanha de vacinação este ano?
O vírus da rubéola circula quando encontra pessoas desprotegidas. A vacinação contra a rubéola, no serviço público, iniciou em 1992 com a vacinação de mais de 95% da população de crianças de 1 a 10 anos de idade. A partir de então, esta vacina passou a ser aplicada rotineiramente aos 15 meses de idade.
Com o aumento de casos em adolescentes e adultos jovens, e o risco do acometimento da doença em mulheres grávidas, é necessária a adoção de uma estratégia que permita reduzir a circulação do vírus da rubéola e eliminar a Síndrome da Rubéola Congênita.
Diante da disponibilidade de vacinas, adquiridas pelo Ministério da Saúde, suficientes para realizar uma campanha nos estados brasileiros que estão com situação semelhante, e estabelecendo como prioridade a eliminação da Síndrome da Rubéola Congênita a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo promoverá uma CAMPANHA DE VACINAÇÃO PARA MULHERES em novembro de 2001.
Quem deverá ser vacinado?
Deverão ser vacinadas nesta campanha TODAS as mulheres de 15 a 29 anos de idade mesmo aquelas que já tomaram a vacina anteriormente ou que referem já ter tido a doença.
A vacina utilizada será a vacina dupla viral (contra o sarampo e a rubéola).
Por quê vacinar as mulheres de 15 a 29 anos?
Porque a maior proporção de casos está ocorrendo nesta faixa de idade, e as mulheres estão em idade fértil, caracterizando um risco de nascerem bebês com a Síndrome da Rubéola Congênita.
É importante que se consiga vacinar mais de 95% das mulheres, pois desta forma reduz-se a circulação do vírus.
As mulheres que já tiveram filhos ou que não pretendem tê-los, recebendo a vacina não transmitirão o vírus para gestantes.
As mulheres já vacinadas ou que referem já ter tido a doença ao receberem a vacina contra a rubéola NÃO têm risco de apresentarem maiores efeitos colaterais, além disso estarão mais protegidas pois cerca de 5% das vacinadas anteriormente podem não ter desenvolvido anticorpos.
A mulher grávida pode receber a vacina ?
A mulher grávida deverá receber a vacina somente após o parto, na própria maternidade ou em qualquer unidade de saúde. Esta vacina continuará disponível nas unidades de saúde, após a campanha para estas mulheres.
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